Uma nova onda de jardinagem está tomando conta das redes — e o mais bonito é que tudo começa na horta.
Recentemente temos visto uma tendência que une agricultura e criatividade: as hortaliças moldadas em formatos divertidos e as cabaças que crescem já prontas para virar vasos.

Como funciona
O princípio é simples: o fruto se desenvolve dentro de uma estrutura rígida e, conforme cresce, preenche o formato interno da fôrma.
No caso das abóboras, a ideia é dar expressão — rostos, relevos ou personagens. Já nas cabaças (Lagenaria siceraria), o molde cria um corpo com cavidade ou boca larga, ideal para se transformar em vaso depois de seco.
Essas fôrmas costumam ser feitas de plástico resistente, acrílico ou silicone reforçado, e variam bastante de tamanho — dos mini moldes de 10 cm usados em abóboras ornamentais até estruturas maiores, de 20 a 30 cm, para frutos de porte médio.
O importante é que o molde acompanhe o ritmo natural de crescimento, sem apertar demais o fruto.
Na hora da instalação, o cuidado principal é não forçar a entrada da abóbora: o caule e a flor ainda estão em desenvolvimento, e qualquer pressão pode interromper o crescimento. É melhor colocar o molde quando o fruto estiver do tamanho de um ovo, ainda jovem e maleável.
Além disso, o ideal é que a fôrma tenha aberturas laterais ou pequenos furos, que garantem ventilação e evitam o acúmulo de umidade — uma das principais causas de manchas e apodrecimento.
Existem modelos prontos à venda, especialmente em lojas estrangeiras, mas muitos horticultores preferem improvisar moldes caseiros, usando potes plásticos, caixas transparentes ou moldes impressos em 3D. No Brasil, essa adaptação vem rendendo resultados incríveis, com abóboras e cabaças que se transformam em peças únicas, nascidas direto da horta.

Como cultivar abóboras e cabaças para usar em moldes
Se você quiser experimentar em casa, o segredo é acompanhar de perto — e com carinho — o crescimento dos frutos.
O cultivo é simples e cheio de recompensas. Veja como começar:
1. Escolha da variedade
Se a ideia é moldar rostos e formatos diferentes, escolha abóboras de casca mais firme e formato redondo, como as morangas ou cabotiás.
Para fazer vasos naturais, aposte nas cabaças ou porongos, da espécie Lagenaria siceraria — elas são leves, secam bem e têm aquele ar rústico que combina com qualquer jardim.
2. Plantio
Você pode plantar direto na terra ou em vasos grandes, de pelo menos 30 cm de profundidade.
Use uma mistura leve e fértil, feita com terra, composto orgânico e um pouquinho de areia — assim o solo fica solto, fácil das raízes crescerem.
Coloque duas ou três sementes por buraquinho, e cubra levemente com terra.
Quando nascerem, deixe só a muda mais bonita e forte.
Essas plantas crescem bem quando têm espaço para se espalhar — pense em deixá-las livres, com bastante sol e um cantinho onde possam “subir”, como uma cerca ou treliça.
3. Colocando a fôrma
Quando o fruto estiver do tamanho de um ovo, já dá pra colocar o molde.
Encaixe com cuidado, sem apertar — o caule e a flor são sensíveis nessa fase.
Se o molde for fechado, faça pequenos furinhos para o ar circular e evitar umidade por dentro.
Depois, é só acompanhar: o fruto vai crescendo e se moldando aos poucos.
4. Acompanhamento
Observe de vez em quando — principalmente nos dias muito quentes.
Se perceber calor acumulado, mofo ou rachaduras, retire o molde e deixe o fruto terminar o crescimento naturalmente.
A cada dia, você vai ver a forma ganhando vida — e é isso que torna o processo tão divertido.
5. Colheita e acabamento
Quando a casca estiver firme e a cor bem intensa, é hora da colheita!
Pra transformar em vaso, retire a polpa e as sementes, lave bem e deixe secar ao sol por alguns dias.
Faça pequenos furinhos no fundo para a água escorrer e preencha com substrato leve.
Fica lindo com suculentas, ervas ou folhagens pequenas.
Dicas especiais do cultivo
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Rega: mantenha o solo sempre úmido, mas nunca encharcado. Pense em “umidade de bolo” — úmido por dentro, seco na superfície.
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Sol: quanto mais luz, melhor. São plantas que amam sol direto, pelo menos 5 horas por dia.
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Adubo: uma colher de composto orgânico ou húmus de minhoca a cada 15 dias ajuda no crescimento e no sabor dos frutos.
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Polinização: se notar poucas abelhas por perto, você pode brincar de abelha — basta encostar um pincelzinho nas flores masculinas (as que têm o cabinho fino) e levar o pólen até as femininas (as que têm o “mini fruto” na base).
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Paciência e alegria: acompanhar o crescimento é parte da mágica. Cada planta responde de um jeito — e o resultado sempre surpreende.

🌻 Criatividade que floresce
O resultado dessa técnica é surpreendente.
As abóboras ganham rostos, relevos e expressões que parecem esculpidas à mão. Já as cabaças, ao secarem, tornam-se vasos rústicos e ecológicos, prontos para receber novas plantas.
E o mais bonito é perceber como arte e agricultura se encontram: cada fruto moldado é único, resultado do cuidado e da curiosidade de quem cultiva. Um jeito diferente de brincar e se divertir na horta!
✨ Gostou da ideia? Experimente cultivar suas próprias abóboras e cabaças com criatividade.
As sementes estão disponíveis no site da ISLA Sementes, em diversas variedades ideais para cultivo em casa ou no campo.